"Já não vejo o som mas só a lama
E acelero.
Quero atravessar este país depressa
Antes da morte.
Já não oiço a luz mas só o sono
E travo
Contigo, com os teus freios cansados
E as tuas jantes tortas.
Sigo esta pista de silêncio
E arrabalde de velhos.
Arrastamos connosco a história cega
E acrobata deste tempo.
Chamo a isto uma gincana
Nas traseiras da Europa
Já não viajamos, vamos em ponto morto
E a meta é ali
Desperta."
Armando Silva Carvalho, in O Amante Japonês, 2008.
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