Dimíter Ánguelov nasceu na Bulgária e vive em Portugal desde 1981. Publicou vários livros de contos e de aforismos, em português.
Um dos livros chama-se "Nihil Obstat" e foi editado pela e étcétera - o teclado do meu velho computador recusa-se a fazer o óbvio símbolo - em 1995. Uma homenagem aqui também ao recentemente falecido Vitor Silva Tavares.
Aqui vão alguns aforismos:
"Abraçámo-nos e sentimos que éramos feitos de pura distância.
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O homem suporta tudo menos a igualdade.
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A exaltação da imaginação deve-se muitas vezes ao pequeno espaço que ocupa.
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O que nos assusta na serpente é o serpentear, e na cobra, o nome.
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Mesmo para se sentir perdido é preciso ter algumas coordenadas.
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Cada descoberta nos indica um novo caminho sem nos dizer para onde ele vai.
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Os grandes mentirosos nunca usam grandes mentiras.
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O papagaio deixa a impressão que sabe porque não hesita.
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Prometeu não foi condenado por ter roubado o fogo mas por tê-lo divulgado.
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Nas grandes epidemias morrem mais flores que pessoas.
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A felicidade é aquele momento em que não sentimos necessidade de nada."
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