os pássaros. Eles fogem.
E deve inquietá-los.
Também a bola de
futebol, poderosa
arma contra tudo o que
voa. São as
casas feitas para
ser pombais.
A vida humana nelas é
um prefácio.
Onde vivo há já
um pequeno pombal.
Tão meu, chegar
(quase) no fim
da festa."
Em Ovar, há muitos anos, fiquei em segundo lugar num concurso de poesia. O concurso já não sei quem o promovia. A entrega dos prémios - para mim uma medalha que ainda por aqui anda - foi na sede da rádio da terra, a Antena Vareira, onde eu fazia de conta que tinha um programa... de rádio. Nele passava os discos da minha namorada.
A senhora que ganhou pôde ler ao público parte da obra. Era uma poesia expansiva e emocional, comme il faut. Lembro-me que um dos meus poemas a concurso usava a seguinte imagem: "hoje tudo me sabe a iogurtes". E explico: o iogurte é aquela comida que nunca é má, sabe mais ou menos bem, mas nunca será manjar de deuses. É um comer cinzento. Dizer "bora comer iogurtes!" nunca puxará ninguém.
Acabada a leitura e debruada esta com palmas, uma jurada veio dar-me os parabéns mas sugeriu que eu "deixasse os iogurtes no frigorífico". A vaca!
A verdade é que hoje, hoje mesmo, tudo me sabe a iogurtes.
Para quando uma obra literária de tua autoria?
ResponderEliminarDedicada uma ao teu pai, a seguinte à tua mãe: Pode ser?
Boa noite e tenta escapar aos iogurtes gregos, são demasiado calóricos para manter elegâncias! Lambuza-te com gelatinas vegetais, o sabor é idêntico...
Abraçote da Teresa Griz da Gama